segunda-feira, março 29, 2010

HUMOR OU GOZAÇÃO?

O Brasil tem hoje uma supersafra de comediantes e humoristas. Os programas de TV ganham cada vez mais espaço. Os chatos da tal comédia em pé aparecem a todo instante, até em programas musicais. O texto é sempre o mesmo, só muda a tal mania que eles querem ridicularizar. E tem também os que se proclamam inovadores, de humor inteligente, e se acham talentosos.

Senhores de si – e do mundo – por ganharem a oportunidade de usar microfone, câmera e cavar espaço em uma rede nacional, incorporam agentes da lei e da ordem e ainda se julgam parte da imprensa. Imprensa tem como objetivo INFORMAR. O que eles pretendem, mesmo quando acertam, é fazer rir. É o sarcasmo. CQC e Pânico pertencem a um “novo humor” que já nasce enterrado. É a piadinha sem graça que cada um conta na esquina.

Quem de nós realmente consegue rir dessa gozação na televisão? Eles não percebem, mas ao tentar ridicularizar quem quer que seja, de personalidades (e até mesmo grandes nomes da nossa cultura) a cidadãos desavisados (barra pesada mesmo é raridade) acabam revelando o quão ridículos são eles próprios na busca desenfreada e tola por um espaço na mídia.

Você consegue rir ao ver um “repórter” gritar do meio de uma multidão o nome de Brad Pitt no Festival de Cannes, e se vangloriar de o ator ter acenado pra ele? E daí? Não à toa, o CQC, assim como o Pânico, vem beirando o lugar que a eles pertence no latifúndio do Ibope: traço. Um traço bem sem graça.

Dia desses me peguei rindo de verdade. Foi no jurássico “A Praça é Nossa”. Tive bons motivos. Era o genial Saulo Laranjeira e sua cartola de surpresas com a qual toda semana renova a roupagem do senador que é a cara dos nossos políticos.

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