quarta-feira, junho 23, 2010

GLOBO E BAND NA COPA

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Estou de volta, depois de uma longa e preguiçosa ausência. E para variar, vou falar um pouco sobre a cobertura da imprensa na Copa da África.

1- Na Globo, os narradores Kleber Machado e Rogério Correia mantêm a tradição como os piores da emissora. Claro, Kleber segue imbatível. Sempre atrasado, sempre errado; machucando menos a língua portuguesa mas, como ele mesmo inventou, filosofando "uma grandeza" de idiotices. Luís Roberto é o mais promissor de todos. Seguro, econômico na narração, e sempre abrindo prontamente o espaço para comentaristas, é o mais provável sucessor de Galvão. Muito cheio de si durante a narração, Galvão Bueno é, disparado, o melhor, mais preparado e competente narrador. Mala sem alça, mas imbatível. Quem estuda e melhora a narração e consegue ser o melhor em todos os esportes, tem sim a maior rejeição, mas ainda segura o Ibope como nenhum outro. Legal o uso descontraído do Thiago Leifert, como âncora. Depois do sucesso na Sportv e no Globo Esporte, Leifert consegue quebrar o gelo sem cair na zona da desinformação como faz a turma da Band.

2- Ah, a Band! Uma emissora marcada por um telejornal fundamental, paradoxalmente, mantém no esporte uma velha tradição de desleixo. Luciano do Valle, com sua voz climática que esquenta qualquer narração, piora a cada jogo. Troca nomes de todos os jogadores. Raramente consegue acertar os autores dos gols! Nivaldo Prieto, com sua voz ainda metalizada pelas ondas do rádio, não consegue pronunciar corretamente a palavra-chave do futebol. Reparem que quando a jabulane balança a rede, ele berra: "dêêêêêêêêêêêoooolllllll". Uma fono urgente. Téo José tenta rasgar demais as pregas vocais nos momentos mais agitados, mas é hoje o melhor da emissora.

Quanto aos comentaristas, a Band segue a tendência de contratar semi-analfabetos polêmicos. Depois de Neto, filhote esbravejador da dupla boa de grito e péssima em informação Milton Neves-Datena, escalou Edmundo para a Copa. Acho que é desnecessário comentar aqui o desastre que tem sido. É de dar pena. E ainda na Band uma série de programas que falam a mesma coisa, usam as mesmas figuras bizarras (Renata Fan, Datena, Milton Neves, e cia.), as mesmas reportagens (repórteres de nível colegial até na narração, como um tal de Henry Karam), e o mesmo blá-blá-blá. Vampeta e Denílson falando até palavrões ao vivo! Baixaria é pouco.

Legal nas transmissões dos jogos na Band é que eles não conseguem abafar a zoeira das vuvuzelas e, sem querer, acabam trazendo um clima mais emocionante a quem está em casa.
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