sexta-feira, julho 09, 2010

COMÉDIAS QUE FAZEM RIR - ATÉ QUE ENFIM!

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Gosto muito dos novos seriados da Globo, especialmente "Separação!?" e "S.O.S. Emergência". Apesar dos velhos temas, são filhotes moderninhos do cruzamento das fórmulas bem sucedidas de "A Grande Família" e das sitcoms (comédias de situação) da tv norte-americana, elas são engraçadas. O que foi que eu disse? Isso mesmo: comédias que fazem rir!!!

Roteiros com histórias paralelas bem costuradas. Boas e surpreendentes soluções para as trapalhadas dos personagens. Diálogos curtos, com frases funcionais, objetivas. Edição dinâmica. Direção bem planejada. Humor rápido. Nem sempre genial, mas eficaz. Sem tempo para pensar, mas com sobras pra "sacar" a mensagem e rir. O elenco ajuda e muito. O "casamento" entre Débora Bloch e Vladimir Brichta deu certo em "Separação!?" Pegaram rapidamente o espírito dos personagens e estão usando direitinho o melhor de cada um: Brichta, com sua cara impagável de vítima risível, e Débora, mais contida nas caretas, mas valorizando bastante um script de tirar o fôlego.

A boa notícia não pára por aí. A exemplo da excelente produção de "A Grande Família", os três novos seriados mostram o quanto há um capricho especial nos figurinos, cenários, até mesmo nos pequenos objetos. Assim, a história ganha força não apenas pelo texto, mas também pelo visual. Volto a destacar a força dos reoteiros. Ao final de cada programa, nota-se que houve suor no trato do texto, não apenas da história em si, mas na visualização final do produto: cenas hilárias (como a dança de Brichta com um bandido numa cela de cadeia, no episódio desta sexta-feira).

No "S.O.S", a receita ganha ainda mais força com uma direção impecáveis. Cenas planejadas nos mínimos detalhes. Os diálogos, muitas vezes com os personagens em movimento, vão dando deixas para a câmera passear pelos corredores, salas, banheiros e armários do hospital. O elenco é uma boa mistura de veteranos, como Ney Latorraca e Maris Orth fazendo papéis de si mesmos (mas são engraçados) e caras novas bem aproveitadas. Apesar de ser uma comédia, estão ali bem delineadas as personalidades de cada um dos personagens. As situações são hilárias e armadas de acordo com as reações que se espera de cada um deles.

Ri melhor quem ri de situações supreendentes ou de frases bem colocadas em cenas curtas e bem montadas. Difícil é rir das "piadas" que duram mais de cinco minutos e cujo desfecho é sempre o mesmo e velho bordão: "tô pagaaaaaando", "vai que cola", "depois não diga que não avisei". Feliz de se admirar é quem ainda acha graça em sujeitos fazendo sempre perguntas imbecis e se achando o máximo na praga das comédias em pé: "por que fulano sempre diz isso ou aquilo?", "eu odeio aeromoças"; "eu sempre quis saber por que a telefonista diz isso ou aquilo".

Enfim, é a soma que tem agradado. O cuidado, o capricho que a Globo só costuma ter em minisséries, finalmente chega aos seriados. O resultado só não tem sido melhor em "A Vida Alheia". Ainda não descobri o objetivo de Miguel Falabella com suas histórias: se é para rir, não tem a menor graça; se é para criticar a imprensa, falta um mínimo de conhecimento da rotina do jornalismo, mais ainda do "jornalismo" de fofoca.
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terça-feira, julho 06, 2010

O PIOR TIME DE TODOS OS TEMPOS

A bola estufa a rede e não é gol. O jogador quebra a perna do adversário e o jogo segue. Nem falta, nem cartão; muito menos expulsão. A vítima da violência recebe cartão vermelho. A falta não existe, mas é pênalti e gol! A falta é clara na grande área, mas é ignorada. É a materialização da teoria do antijogo.

A Copa da África do Sul entra para a história com o pior time de todos os tempos. A seleção de árbitros da Fifa. Em quase todos os jogos, os pernas-de-pau não cometeram somente aquelas falhas comuns que costumam nos deixar irritados, como nos jogos do Brasileirão. Eles foram além. Foram erros absurdos. Do gol anulado que quase tirou os Estados Unidos da Copa na primeira fase, passando pela expulsão de Kaká, até a bola da Inglaterra que não apenas entrou, mas morou debaixo da rede alemã. Tem ainda os erros fatais que interferiram no placar de Espanha x Paraguai.

A arbitragem desta Copa é uma vergonha mundial para a Fifa. E ainda querem que os jogadores mantenham a calma dentro de campo. As reações poderiam ser bem piores. Os resultados dos jogos, os cruzamentos de oitavas e quartas poderiam ter sido diferentes. E o caminho até a Taça Fifa teria, quem sabe, outros protagonistas.

Quem sabe times estranhos como a Holanda teriam ficado em seus devidos lugares. Assistindo futebol pela tv.