terça-feira, novembro 11, 2008

Mais um dos meus poemas

MEA GENESIS

Eu vim
Não sei por onde
Um cano uma torneira
Uma raiz uma touceira

Eu cheguei
Não sei bem como
Um parto uma dor
Pop up no computador

Estou aqui
Sem barro nem fé
Um Darwin qualquer

Um ser sem começo
Passageiro do inesperado

Sujeito multidão num verso solitário

Tímido honesto
Não importa o quanto
Nem o sofrimento
na glicerina do santo

Eu vim
Sabe-se lá...
Se num zap sem controle
Num clarão obscuro
Numa prece do aiatolá
Num golpe baixo de Bush

Estou aqui
Sala de portas abertas
Bumerangue contra-vento
Pulmão anti-oxigênio
Palavras incertas

Nunca um zumbi de procissões
Apenas um segundo do novo milênio

Meu começo existe
mas não há!
Meu fim é desmarcado
indefinido

Sou uma noite eterna
um livro a ser escrito.
O vento esta manhã...
Uma sombra ali no chão...
Eu nem mesmo existo!

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