MEA GENESIS
Eu vim
Não sei por onde
Um cano uma torneira
Uma raiz uma touceira
Eu cheguei
Não sei bem como
Um parto uma dor
Pop up no computador
Estou aqui
Sem barro nem fé
Um Darwin qualquer
Um ser sem começo
Passageiro do inesperado
Sujeito multidão num verso solitário
Tímido honesto
Não importa o quanto
Nem o sofrimento
na glicerina do santo
Eu vim
Sabe-se lá...
Se num zap sem controle
Num clarão obscuro
Numa prece do aiatolá
Num golpe baixo de Bush
Estou aqui
Sala de portas abertas
Bumerangue contra-vento
Pulmão anti-oxigênio
Palavras incertas
Nunca um zumbi de procissões
Apenas um segundo do novo milênio
Meu começo existe
mas não há!
Meu fim é desmarcado
indefinido
Sou uma noite eterna
um livro a ser escrito.
O vento esta manhã...
Uma sombra ali no chão...
Eu nem mesmo existo!
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